Somos Maus Juízes de Nós Próprios

Apesar de todos os pensamentos que me vão na cabeça, nem sei por onde começar. Por vezes, por mais que queiramos que tudo saia perfeito, nem sempre isso acontece. E comigo, acho sempre (ou quase sempre) que podia ter saído melhor. Mesmo quando alguém aprecia o que faço, quando diz que está óptimo e tudo mais. Nessas alturas só penso “foi simpático, não me deixou ficar mal…” e a vida continua. Mas depois vejo outros e comparo, e por vezes até consigo fazer uma crítica tipo “eu faço melhor”, e sei que isso é verdade. Porém, ainda assim, depois de fazer posso dizer “fiz melhor que o outro, mas ainda conseguia fazer melhor”. Não acho que seja uma tentativa falhada de perfeccionismo. Simplesmente acho que sou má juíza de mim própria. De tudo o que faço e que sou. E assim como vejo isso em mim, vejo em muitas outras pessoas. Aqueles que se acham extraordinariamente bons e que, na verdade, não prestam para coisa alguma e nem merecem sequer metade da sorte que têm. Assim como quem tem azar na vida, que se inferioriza ainda mais do que aquilo que se sentem, e que têm um olhar negativo perante a vida. Mas porque não dar ouvidos às pessoas que nos conhecem, que nos querem bem, e aceitar que o que essas pessoas no dizem é verdade? Porque ninguém melhor para nos descrever do que aqueles que estiveram sempre ao nosso lado, porque nos conhecem, porque sabem do que somos feitos e daquilo que somos capazes. Seja para bom ou para mau, eles têm razão, e mesmo que as opiniões se dividam, há-de haver uma opinião consensual que corresponde à verdade. E se essa opinião não nos agradar, o mais provável é que algo esteja mesmo errado e temos que mudar. Não adianta negar nem achar que o mundo está mal. É a verdade, a mais pura verdade. E eu…? Eu só tenho motivos para sorrir, pelo que sou, pela família e amigos que tenho, porque confio nas suas palavras. Eu mereço ser muito feliz, por tudo o que sou e que faço. Dizem eles. E digo EU.